Nada a dizer.
As palavras são ocas!
sombras e vento na minha mão...
Desdenho o condão:
não quero escrever e muito menos sentir.
Somente viver e apenas sorrir...
Recuso as palavras que não sabem parar!
Apenas andar o meu caminho
com o sol e o ar na minha pele...
E esperar que Ele,
o Deus que me guia,
devolva a alegria e absorva de mim,
aqui e agora,
o poema em branco que me devora
e me deixa assim odiando as palavras...
Não quero escrever!
Muito menos sentir
o poema a nascer,
a força a surgir
nas minhas entranhas rasgando o normal
devorando o meu espaço...
e este cansaço das palavras já mortas!!...
Fecho-lhe as portas.
Não quero escrever!
A fúria e a fome, a sede sem nome
sair e ficar...
O clarão de me dar...
e a raiva negando...!
Renego as palavras,
assim flutuando,
como um castigo!
Recuso o abrigo
que me fecha e encerra
e vira do avesso!
É loucura! Confesso!
Mas aqui e agora
grito e declamo:
_ ODEIO AS PALAVRAS
TANTO QUANTO AS AMO!!!!
Filó (2008)
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