Brinco ao faz de conta
com as frases que invento.
E é assim num momento
que tudo se constrói!
Se a alma me dói
pego a caneta.
E como o cometa
que rasga os céus,
nascem linhas sem fim,
falando de mim,
rasgando os véus
do meu pensar.
Se me ponho a brincar,
vêm em torrente.
Como o pensamento
que voa e saltita.
E sigo nesta "fita "
seguindo o instinto
onde falo e não minto
e apenas divago!
Como um afago
que me permito e aceito.
Talvez um defeito
ou apenas a vida...
Remédio na ferida
brinquedo de criança...
E sigo na dança
de silêncio e palavra
ardendo na fogueira
neste fogo que lavra
e me consome.
... ...
Escrevo meu nome
sem saber porque o faço
no fim destas frases
que se tornam cansaço
e depois no final
me deixam perplexa!
E a coisa é complexa
e sem explicação...
as frases que nascem
assim de montão
sem contratempo
sem tempo nem espaço
como uma paixão
ou talvez inocência...
Perguntam-me a mim
qual a ciência!!! ?
Pois sim!
Ciência nenhuma!
São bolas de espuma
explodindo no ar
Nada há aqui
que se posso explicar!
Apenas é experiência
que me faz sentir louca!!
...mas se a diferença é pouca
entre loucos e sábios
(aqui um sorriso
aflora meus lábios... )
muita loucura eu preciso
para escrever tanta asneira!!
... e sabedoria também!
Pois bem!
acaba-se aqui
esta brincadeira!
O "poema" chegou ao fim!!
Coitada de mim
e de quem me atura!!
... até para isso
é preciso cultura!!
A ti, amigo/a
peço desculpa!
é o meu castigo
eu nem tenho culpa!
Vou já de saída
pois já me aborrece...
E tu, que leste isto:
AGORA ESQUECE!
Filó (2006)
2 comentários:
Para ti Amiga Filó!
Não peças desculpa pelo belo.
Que sabes tão bem escrever.
O meu poema é mais singelo.
E eu continuo a amar e a dizer.
Por isso, escreve...escreve...
Até que o teu coração o permita.
E nessa arte que o mundo te deve.
Continua, poetiza de alma bonita!
Zézinha.
(De improviso)
Obrigada, amiga, pelo carinho!
Muito lindo o teu improviso!
Singelo, dizes tu!!
Eu AAAdooreiii!!!
Posso colocar na "frente" do bolguinho?
Jinhinhinhos
Filó
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