04/03/11

Convite

Há muiiitooo tempo que não apareço por aqui, é verdade!
Resolvi regressar agora, com novo visual e também com um convite a quiser dar uma olhadinha ao novo grupo que está aberto a todos(as) os amigos(as) que queiram participar dessa aventura.
Ainda está pobrezinho, mas podem espreitar e ver o que acham .
Com o tempo, irá melhorando.
Se estiveres interessado (a) é só seguir as instruções e inscreveres-te.
Espero por ti

http://www.gabitogrupos.com/filo_e_amigos/

Qualquer informação adicional podes contactar-me!

Um SUPER CARNAVAL!

26/08/09

Memórias


Depois de algum tempo ausente, hoje deixo um bonito poema da amiga Cacilda que gentilmente o facultou para o meu bloguinho.
A foto foi também cedida pela mesma amiga.

Obrigada, Cacilda!
!É bom recordar!


MEMÓRIAS

O Bairro de minha infância
nasceu bem pequenininho
mas cresceu devagarinho
cheio de amor e carinho
como se fosse criança.

Com canteiros a florir
e casas muito singelas
um namorico à janela
e as portas sempre abertas
antes de Abril as abrir.

Ao som da telefonia
ouvia-se o corridinho
a guitarra e o fadinho
a flauta e o cavaquinho
com a maior harmonia.

E nas noites de luar
alguém tinha para contar
uma história, uma poesia
olhando p'ró firmamento
recuperavam alento
p'rá luta do novo dia.

Óh gente boa do meu Bairro
tão grande foi teu destino!
vives aqui bem pertinho...
cruzaste o céu... e o mar...
mas seja qual for o lugar
tens sempre p'ra recordar
a magia deste cantinho.


Cacilda


03/08/09

Furacão ladrante


A campainha toca, a Nina salta e o caos instala-se.
É sempre assim... aliás,... nem sempre!!
Eu já disse: _Se eu um dia morrer do coração já todos sabem de quem é a culpa!

O meu mundo é um mundo de silêncio.
Amo o silêncio, vivo o silêncio, respiro silêncio.
Sempre (quase sempre) a Nina, eu e o silêncio, amigos inseparáveis.

A Nina é um bicho pacato, pachorrento, preguiçoso, um come-e-dorme em idade já meio avançada.
Em certos aspectos é um pouco como a dona: "_Não me chateiem, que eu não chateio ninguém!" E mesmo que queiram "picar" que se lixe! fica a frustração para quem não recebeu o troco que esperava.

Mas a Nina tem assim umas pancadas (também um pouco como a dona!!).
Tem alturas que não se passa nada, não vê nada, não ouve nada, não cheira nada... fica ali, apenas na sua!
Mas tem outras alturas... valha-me Deus!!
O meu furacão ladrante parece impulsionado por uma mola oculta, e depois sabe-se lá onde está o botão que desliga aquela coisa.
Em questão de segundos o meu coração vai ao céu, beija S. Pedro e volta à Terra.
O que era silêncio e quietude é agora uma explosão ensurdecedora onde não há onda sonora que aguente, e os meus tímpanos também não.
Até dá que pensar como uma coisa tão pequena pode fazer tanto barulho!
E vá lá desliga-la!... Nem ameaças, nem gritos, nem pancada, nada!... Alguma vez!?
E quem é que consegue ouvir a própria voz no meio daquilo?!
Só há um jeito, a única maneira que eu descobri para calar a situação: pegá-la no colo e apertar-lhe o focinho negro.
Mas aí,... Imagina que ela não pesava os seus 10 kg bem gordinhos, mas sim os quase 40 da "vizinha" lá de baixo!!! A essa nunca ouvi a voz.
Enfim, do mal o menor!!
E é ainda a forma de exercitar este meu coração!!

Filó (2006)

24/07/09

Meu rio


O meu rio desagua em ti.
Silêncio e grito.

Infinito
que para ti corre
e que não morre
no meu cantar.

Ahh o silêncio!!!...

Queres que to diga?
Queres que to conte?

Como fazer
se desta fonte
há uma cantiga
sempre a brotar!?...

* * *

Leva
Leva o meu ser!
Leva-o e desvenda-o
abre-o em ti, bem devagar,
e faz do meu grito neblina leve
p'ra que a madrugada
o torne breve ao despertar.

Leva meu rio
faz o teu fado
a tua pausa,
o teu recanto...

E o meu canto
ao ser ouvido
só para ti fará sentido.

Filó (2008)

22/07/09

Minhas mãos

Minhas mãos
Porque teimam meus dedos em escrever
Frases loucas, longas, sempre iguais?
Se as palavras se tornam tão banais
E por mais que escreva, tudo fica por dizer...!?

Porque me entrego a este bálsamo que é castigo
Porque me dou e me escondo em tais enredos
Se as rimas nunca tiveram p'ra mim segredos
E se afinal não tem valor tudo o que digo!...?

Não passam de momentos, sonhos sem lei...
Repouso e cansaço, frases aos ventos
Onde me reencontro com os meus mil "eus"

Depois... mas depois já encontrei
Destas minhas mãos ensinamentos
Que me pergunto se não estará
ali um pouco a mão de Deus...

Filó (2006)